07 fevereiro 2013


Por força de reuniões telefónicas semanais marcadas a horas complicadas, é difícil conseguir ter tempo para almoçar à quinta-feira. De início resolvi o problema comprando sandes no bar, que depois comia ao telefone durante as reuniões, ou na copa se a primeira reunião acabasse mais cedo. Entretanto achei que se era para comer sandes, então mais valia fazê-las eu em casa - seria mais saboroso e mais divertido. Das que já experimentei, esta foi a que me saiu melhor - o aioli (enfim, falsificado porque faço-o a partir de maionese já feita em vez de me aventurar a fazer um aioli de raiz...) tem um sabor forte, que complementa muito bem com os cogumelos e a mozzarella. Bem melhor que as sandes do bar!


Ingredientes (meio a olho, porque dependem sempre do tamanho do pão e das preferências pessoais - uma sandes é uma sandes, não precisa de grande técnica!):

4 cogumelos shiitake
1 queijo mozzarella
maionese
um punhado de tomates secos
um punhado de folhas de manjericão (também já a fiz com cebolinho e resultou bem!)
1 dente de alho
sumo de limão
azeite
1 baguete


Preparação:

Para fazer o aioli deite num robô de cozinha um pouco de maionese, o dente de alho esmagado, umas gotas de sumo de limão, um fio pequeno de azeite, os tomates secos e o manjericão. Triture tudo. Prove. Se lhe parecer que podia ter mais um pouco de qualquer um dos ingredientes, junte-o e triture de novo - não há regras, tem é de lhe saber bem!

De seguida limpe os cogumelos, deite-lhes um pouco de azeite e leve-os a grelhar numa frigideira grill, de ambos os lados, até estarem com aquele ar apetitoso de cogumelos grelhados!

Agora abra a baguete, separando totalmente ambas as metades. Sobre a metade inferior coloque os cogumelos. Por cima ponha a mozzarella cortada em fatias. Barre generosamente a metade superior do pão com o aioli, feche a sandes e está pronta a comer!

04 fevereiro 2013


Fui recentemente a um curso de cozinha vietnamita dado pelo chefe Paulo Morais do Restaurante Umai (o curso foi dado no espaço feedme, que tem uma agenda interessante de cursos - vale a pena espreitar!). O Umai é bem capaz de ser neste momento o restaurante onde mais gosto de ir em Lisboa, e este curso era imperdível, ainda para mais sendo de cozinha vietnamita, pela qual tenho um carinho especial.

Um dos pratos que fizemos foi este satay de camarão. Em termos de princípios básicos tem alguns pontos de contacto com uma das primeiras receitas que coloquei aqui no blog (a mousse de camarão em cana-de-açúcar, que aliás tenho de repetir e fotografar, porque aquela fotografia faz doer-me a alma... enfim, estávamos no início do blog...), mas ao mesmo tempo é bastante diferente nos ingredientes e no sabor.

Um dos ingredientes necessários é pasta de caril verde, que o chefe levava já feita para o curso mas cuja receita partilhou connosco - no fim-de-semana a seguir ao curso fiz em casa e saiu tudo muito bem, quer a pasta, quer o satay. Ficam aqui ambas as receitas - a pasta pode guardar-se e aproveitar para outros pratos (é extraordinariamente aromática e saborosa).


Ingredientes:
Para a pasta de caril verde:
4 chalotas
4 dentes de alho
5 malaguetas verdes
4 fatias finas de gengibre ou de galanga (usei gengibre)
2 colheres de sopa de coentros em pó
200gr de coentros frescos
1 talo de erva-príncipe
raspa de 1 lima
2 colheres de chá de açúcar demerara
molho de peixe
óleo

Para o satay de camarão (2 pessoas):
6 a 8 camarões 30/40
100ml de leite de coco
1 colher de sobremesa de coco ralado
100gr de manteiga de amendoim
100gr de amendoim picado
molho de peixe
pasta de caril verde
talos de erva-príncipe
óleo


Preparação:
Para preparar o caril junte num robot de cozinha as chalotas, o alho, as malaguetas (com ou sem sementes, consoante prefira mais ou menos picante), o gengibre ou galanga, os coentros (em pó e frescos), o talo de erva-príncipe, a raspa de lima, o açúcar e o molho de peixe. Triture tudo até obter uma pasta. Deite um pouco de óleo numa frigideira ou wok, deite-lhe a pasta e cozinhe durante cerca de 5 minutos. Deixe arrefecer e guarde.

Agora o satay - misture num tacho o leite de coco, um pouco de pasta de caril verde (a gosto - usei 2 ou 3 colheres bem cheias), o coco ralado, a manteiga de amendoim e os amendoins picados e um pouco de molho de peixe para temperar. Misture bem e cozinhe um pouco, só até engrossar. Deixe arrefecer.

De seguida, no robot de cozinha junte os camarões com o conteúdo do tacho e triture novamente. Deite o resultado numa taça. Corte os talos de erva-prícipe a meio pelo comprimento do talo. Cada metade será o espeto de um satay. Para preparar o satay molhe as mãos no óleo (facilita muito!), pegue numa bolinha de massa (não precisa de ser muita quantidade ou será muito mais difícil que a massa cozinhe uniformemente) e enrole-a ao espeto de erva-príncipe. Repita com os seguintes espetos.

Deite um pouco de óleo numa frigideira e assim que estiver quente use-o para fritar os satays, rodando-os até estarem uniformes. Retire para uma folha de papel absorvente e sirva.

02 fevereiro 2013

Imaginei primeiro esta receita a pensar nos meus filhos, tentando que eles comessem mais feijão. Olhei para o frasco de feijão branco cozido, pensei em como o tornar mais guloso, mais próximo dos gostos de uma criança. Um olhar rápido para a cesta da fruta deu a inspiração necessária e soube logo o que ia fazer – cozer fruta e fazer um puré com o feijão. Para tornar tudo mais interessante, uma estrela de anis haveria de dar um pequeno toque exótico que também iria apelar aos adultos. Lamentavelmente os miúdos não gostaram… comemos nós, os adultos, com muito gosto!

Ingredientes para 4 pessoas:

4 alheiras
400 g de feijão branco cozido escorrido
2 maçãs golden
1 pêra rocha
1 estrela de anis
2 c. sopa de azeite
1 dente de alho
Sal e pimenta q.b.

Preparação:

Corte a fruta em pedaços e leve a cozer num tacho pequeno em pouca água com a estrela de anis. Escorra e reserve. No tacho aqueça o azeite com o dente de alho esmagado. Retire o alho e adicione os feijões com a fruta por cima, aquecendo-os por alguns minutos. Triture tudo com a varinha mágica e para ficar mais cremoso e sem fibras passe tudo por um coador de arame. Tempere a gosto com sal e pimenta.

Entretanto, pique as alheiras com um palito de ambos os lados e leve-as a uma frigideira quente até ficarem bem alouradas de ambos os lados. Sirva as alheiras por cima do puré.

Este puré tem toda a aparência de um puré de batata, mas um pouco mais fluido. Contudo, o sabor é muito mais interessante e presta-se seguramente a acompanhar outros pratos.

 
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