19 abril 2013

Sejam bem-vindos ao novo aspecto do blog. Mudou o grafismo, mas mantém-se o conteúdo como estava.
Se notarem algumas falhas ao longo destes dias, deixem por favor um comentário - é natural que possa haver falhas e tentaremos corrigi-las!
De resto... esperamos que gostem!!

07 fevereiro 2013


Por força de reuniões telefónicas semanais marcadas a horas complicadas, é difícil conseguir ter tempo para almoçar à quinta-feira. De início resolvi o problema comprando sandes no bar, que depois comia ao telefone durante as reuniões, ou na copa se a primeira reunião acabasse mais cedo. Entretanto achei que se era para comer sandes, então mais valia fazê-las eu em casa - seria mais saboroso e mais divertido. Das que já experimentei, esta foi a que me saiu melhor - o aioli (enfim, falsificado porque faço-o a partir de maionese já feita em vez de me aventurar a fazer um aioli de raiz...) tem um sabor forte, que complementa muito bem com os cogumelos e a mozzarella. Bem melhor que as sandes do bar!


Ingredientes (meio a olho, porque dependem sempre do tamanho do pão e das preferências pessoais - uma sandes é uma sandes, não precisa de grande técnica!):

4 cogumelos shiitake
1 queijo mozzarella
maionese
um punhado de tomates secos
um punhado de folhas de manjericão (também já a fiz com cebolinho e resultou bem!)
1 dente de alho
sumo de limão
azeite
1 baguete


Preparação:

Para fazer o aioli deite num robô de cozinha um pouco de maionese, o dente de alho esmagado, umas gotas de sumo de limão, um fio pequeno de azeite, os tomates secos e o manjericão. Triture tudo. Prove. Se lhe parecer que podia ter mais um pouco de qualquer um dos ingredientes, junte-o e triture de novo - não há regras, tem é de lhe saber bem!

De seguida limpe os cogumelos, deite-lhes um pouco de azeite e leve-os a grelhar numa frigideira grill, de ambos os lados, até estarem com aquele ar apetitoso de cogumelos grelhados!

Agora abra a baguete, separando totalmente ambas as metades. Sobre a metade inferior coloque os cogumelos. Por cima ponha a mozzarella cortada em fatias. Barre generosamente a metade superior do pão com o aioli, feche a sandes e está pronta a comer!

04 fevereiro 2013


Fui recentemente a um curso de cozinha vietnamita dado pelo chefe Paulo Morais do Restaurante Umai (o curso foi dado no espaço feedme, que tem uma agenda interessante de cursos - vale a pena espreitar!). O Umai é bem capaz de ser neste momento o restaurante onde mais gosto de ir em Lisboa, e este curso era imperdível, ainda para mais sendo de cozinha vietnamita, pela qual tenho um carinho especial.

Um dos pratos que fizemos foi este satay de camarão. Em termos de princípios básicos tem alguns pontos de contacto com uma das primeiras receitas que coloquei aqui no blog (a mousse de camarão em cana-de-açúcar, que aliás tenho de repetir e fotografar, porque aquela fotografia faz doer-me a alma... enfim, estávamos no início do blog...), mas ao mesmo tempo é bastante diferente nos ingredientes e no sabor.

Um dos ingredientes necessários é pasta de caril verde, que o chefe levava já feita para o curso mas cuja receita partilhou connosco - no fim-de-semana a seguir ao curso fiz em casa e saiu tudo muito bem, quer a pasta, quer o satay. Ficam aqui ambas as receitas - a pasta pode guardar-se e aproveitar para outros pratos (é extraordinariamente aromática e saborosa).


Ingredientes:
Para a pasta de caril verde:
4 chalotas
4 dentes de alho
5 malaguetas verdes
4 fatias finas de gengibre ou de galanga (usei gengibre)
2 colheres de sopa de coentros em pó
200gr de coentros frescos
1 talo de erva-príncipe
raspa de 1 lima
2 colheres de chá de açúcar demerara
molho de peixe
óleo

Para o satay de camarão (2 pessoas):
6 a 8 camarões 30/40
100ml de leite de coco
1 colher de sobremesa de coco ralado
100gr de manteiga de amendoim
100gr de amendoim picado
molho de peixe
pasta de caril verde
talos de erva-príncipe
óleo


Preparação:
Para preparar o caril junte num robot de cozinha as chalotas, o alho, as malaguetas (com ou sem sementes, consoante prefira mais ou menos picante), o gengibre ou galanga, os coentros (em pó e frescos), o talo de erva-príncipe, a raspa de lima, o açúcar e o molho de peixe. Triture tudo até obter uma pasta. Deite um pouco de óleo numa frigideira ou wok, deite-lhe a pasta e cozinhe durante cerca de 5 minutos. Deixe arrefecer e guarde.

Agora o satay - misture num tacho o leite de coco, um pouco de pasta de caril verde (a gosto - usei 2 ou 3 colheres bem cheias), o coco ralado, a manteiga de amendoim e os amendoins picados e um pouco de molho de peixe para temperar. Misture bem e cozinhe um pouco, só até engrossar. Deixe arrefecer.

De seguida, no robot de cozinha junte os camarões com o conteúdo do tacho e triture novamente. Deite o resultado numa taça. Corte os talos de erva-prícipe a meio pelo comprimento do talo. Cada metade será o espeto de um satay. Para preparar o satay molhe as mãos no óleo (facilita muito!), pegue numa bolinha de massa (não precisa de ser muita quantidade ou será muito mais difícil que a massa cozinhe uniformemente) e enrole-a ao espeto de erva-príncipe. Repita com os seguintes espetos.

Deite um pouco de óleo numa frigideira e assim que estiver quente use-o para fritar os satays, rodando-os até estarem uniformes. Retire para uma folha de papel absorvente e sirva.

02 fevereiro 2013

Imaginei primeiro esta receita a pensar nos meus filhos, tentando que eles comessem mais feijão. Olhei para o frasco de feijão branco cozido, pensei em como o tornar mais guloso, mais próximo dos gostos de uma criança. Um olhar rápido para a cesta da fruta deu a inspiração necessária e soube logo o que ia fazer – cozer fruta e fazer um puré com o feijão. Para tornar tudo mais interessante, uma estrela de anis haveria de dar um pequeno toque exótico que também iria apelar aos adultos. Lamentavelmente os miúdos não gostaram… comemos nós, os adultos, com muito gosto!

Ingredientes para 4 pessoas:

4 alheiras
400 g de feijão branco cozido escorrido
2 maçãs golden
1 pêra rocha
1 estrela de anis
2 c. sopa de azeite
1 dente de alho
Sal e pimenta q.b.

Preparação:

Corte a fruta em pedaços e leve a cozer num tacho pequeno em pouca água com a estrela de anis. Escorra e reserve. No tacho aqueça o azeite com o dente de alho esmagado. Retire o alho e adicione os feijões com a fruta por cima, aquecendo-os por alguns minutos. Triture tudo com a varinha mágica e para ficar mais cremoso e sem fibras passe tudo por um coador de arame. Tempere a gosto com sal e pimenta.

Entretanto, pique as alheiras com um palito de ambos os lados e leve-as a uma frigideira quente até ficarem bem alouradas de ambos os lados. Sirva as alheiras por cima do puré.

Este puré tem toda a aparência de um puré de batata, mas um pouco mais fluido. Contudo, o sabor é muito mais interessante e presta-se seguramente a acompanhar outros pratos.

19 janeiro 2013


Sempre que posso, faço questão de envolver na cozinha as crianças cá de casa. Seja só a mostrar e explicar o que estou a fazer, ou mesmo a pedir-lhes ajuda e a deixá-los meter as mãos na massa (por vezes literalmente). Ou pelo menos com o mais velho, que o mais novo ainda não tem idade para se interessar muito.

Daí que esta receita me tenha interessado. Foi-me passada pela Ana, uma amiga que também tem duas crianças em casa (aliás, uma delas nascida exactamente no mesmo dia que um dos meus rapazes), e que me garantiu que era uma receita óptima para fazer com crianças. Experimentei hoje e tenho de concordar: foi um sucesso. Aliás, não só com as crianças, mas também com os adultos. Mais ainda porque eu adoro bolos (e doces, e sobremesas em geral...) com coco.


Ingredientes:
125g de açúcar
1 queijo fresco grande
4 gemas
1,5 colher de sopa de farinha
100g de coco


Preparação:
Junte o açúcar, o queijo, as gemas e a farinha num tacho. Leve ao lume (lume médio), mexendo com uma colher de pau até começar a engrossar. Retire e deixe arrefecer.

Assim que estiver frio, junte o coco ralado, mexendo bem. Com ou sem ajuda de crianças, pegue em pedaços pequenos da massa e molde em bolinhas. Coloque num tabuleiro de forno coberto com uma folha de papel vegetal. Leve ao forno a 180º por cerca de 10 minutos ou até estarem cozidos. E é só isto!

30 dezembro 2012

Se alguém ainda achar que a comida vegetariana é desinteressante e sem sabor, este prato é ideal para mudar de vez essa ideia.

A receita vem do livro "More From The Accidental Vegetarian", de Simon Rimmer, de quem já aqui falei uma ou outra vez. É uma receita curiosa, porque à partida parece ser só um prato de... grão e batata. Mas quando se prova é surpreendente, porque é muito mais do que isso - os cominhos, o aipo, o pimento, o piri-piri... todos os ingredientes contribuem para dar um grande sabor ao prato. Apetece repetir e repetir...

(Nota: a receita de Rimmer tinha batatas normais, mas a batata-doce fica aqui muito bem!)


Ingredientes (4 pessoas):

Para as batatas:
8 batatas-doces
1 dente de alho
1 colher de sopa de sementes de cominho
cominhos em pó
sal
pimenta
azeite


Para o grão:
cerca de 800g de grão enlatado escorrido
200ml de crème fraîche
1 cebola vemelha
1 pimento vermelho
3 talos de aipo
1 dente de alho
2 piri-piris pequenos
1 colher de sopa de molho de tomate
1 colher de chá de pimentão
1 mão-cheia de folhas de espinafre 'baby'
algumas folhas de erva-cidreira fresca
azeite
sal
pimenta


Preparação:
Comece por descascar e cortar em cubos as batatas-doces. Ligue o forno a 180º em modo ventilado. Coloque as batatas num tabuleiro de forno, regue com azeite, tempere com o sal e a pimenta, misture bem, envolvendo as batatas no azeite e leve a assar no forno.

Passados dez minutos polvilhe com as sementes de cominho e um pouco de cominho em pó. Junte o dente de alho esmagado e leve novamente ao forno por mais cerca de um quarto de hora ou até as batatas estarem assadas (pode deixar mais tempo se gostar delas mais douradas/tostadas).

Agora o grão - pique a cebola e os talos de aipo. Limpe o pimento e os piri-piris de todas as sementes e pique-os também. Deite um fio de azeite numa frigideira grande, leve ao lume e junte a cebola, o pimento, o aipo, os piri-piris e o dente de alho esmagado. Deixe cozinhar por cerca de dez minutos. Nessa altura junte o pimentão e o puré de tomate. Mexa bem, ligando todos os ingredientes e deixe cozinhar mais cinco minutos. Junte o grão e o crème fraîche. Misture tudo muito bem. Tempere de sal e pimenta e deixe cozinhar um ou dois minutos. Prove e corrija os temperos se necessário. Finalmente adicione as folhas de espinafre e a erva-cidreira picada. Misture novamente, mais um ou dois minutos e está pronto!

Sirva o grão com as batatas por cima, acompanhando com um bom vinho!

20 dezembro 2012


Os ovos têm 3 papéis muito claros num bolo – dão sabor, ligam a massa, e ajudam o bolo a crescer no forno, criando aquela textura fofa. Um bolo sem ovos é um desafio, e portanto parti ao desafio de fazer um bolo vegan que parecesse tanto quanto possível com um bolo normal.

Para ligar a massa usei cenoura ralada. Tem muita humidade, um sabor bastante adocicado e rico, e as tiras finíssimas da cenoura ralada funcionam quase como fibras entrecruzadas e molhadas a ligar os ingredientes secos. Para trazer mais humidade, usei o sumo de uma laranja e azeite.

Enriqueci os aromas com raspa de laranja e de limão além de ter usado açúcar mascavado, e abusei do fermento para o bolo crescer alguma coisa. As sementes de papoila deram-lhe uma certa graça e notam-se levemente quando se trinca.

Por fim, usei algumas colheradas de “no egg”, um substituto artificial de ovo, mas não creio que tenha feito grande impacto. Eu diria que podem saltar o “no egg”…


Ingredientes:
350 g cenoura ralada
350 g açúcar mascavado
350 g farinha tipo 55
120 ml de azeite
3 colheres chá de fermento (ex: pó royal)
1  colher chá de canela
Sumo e raspa de 1 laranja grande
Raspa de 1 limão
4 colheres de chá de “no egg” diluídas em  10 colheres de sopa de água (opcional)
2 colheres de sopa de sementes de papoila (opcional)


Preparação:
Misturar a farinha, o açúcar, o fermento e a canela. Adicionar a cenoura, o azeite, o sumo e raspa de laranja, a raspa de limão, as sementes de papoila e o “no egg” diluído em água. Bater bem os ingredientes e levar ao forno em forma untada com azeite, a 170 graus por 50 minutos. Se usar uma forma de tabuleiro o bolo poderá demorar menos tempo.

Ficou muito bom. A repetir.

Nota: num regime de alimentação vegan não se come nada que tenha origem animal, seja carne, peixe, ovos, leite, mel, etc.

05 dezembro 2012


Eu sei, já é a terceira receita de macarons em pouco tempo. Mas depois de se acertar com o jeito, é irresistível experimentar novos sabores! Desta vez arrisquei mais quantidade - consegui encher cinco tabuleiros e o resultado foi óptimo. O sabor da framboesa combina muito bem com a amêndoa dos macarons - e a sua acidez corta o doce e equilibra muito bem o conjunto.

Mais uma vez - se isto lhe sair mal, não desespere. O mais difícil é mesmo apanhar o jeito, a partir daí começa a tornar-se bem mais fácil do que parece!


Ingredientes (entre 70 a 80 macarons):

Para os macarons:
220g de claras de ovo, divididas em dois recipientes (110g cada)
300g de amêndoa em pó
300g de açúcar
300g de açúcar em pó
75g água
22g de corante cor-de-rosa

Para o recheio de framboesa:
400g de chocolate branco
500g de framboesas frescas ou congeladas (usei congeladas)
200g de framboesas frescas
200g de água
100g de açúcar


Preparação:

Comece pelo recheio. Este tem duas partes - um creme de chocolate branco com framboesa, e framboesas em calda. Preparam-se ambos com alguma antecedência e separadamente.

Leve os 200g de água e os 100g de açúcar ao lume até ferver. Deite nessa calda os 200g de framboesas frescas, espere até que ferva novamente, retire do lume e reserve. Assim que arrefecer coloque no frigorífico a macerar.

De seguida, deite os 500g de framboesas para um robot de cozinha ou copo misturador e triture-as até obter uma pasta. Deite a pasta num tacho e ferva. A seguir corte o chocolate branco em pedaços pequenos (uma faca de cortar pão ajuda muito), deite-os numa tigela e coloque-a sobre um tacho com água de forma a que a tigela não toque na água. Leve ao lume e vá mexendo o chocolate até este derreter. Deite a pasta quente de framboesas sobre o chocolate, um terço de cada vez, e misture bem até obter um creme (a ganache). Deite num pirex, cubra com película aderente (a película deve tocar no creme), deixe arrefecer e leve ao frigorífico.

Agora os macarons - a receita é semelhante às duas que já aqui publicámos e vale a pena lê-las se for a primeira vez que os tenta fazer, principalmente a primeira, que é muito mais detalhada. Resumindo (mas não muito): peneire o açúcar em pó e as amêndoas em pó para uma mesma tigela. Misture o corante num dos recipientes de claras e deite sobre a mistura de açúcar e amêndoas sem mexer. Ponha de lado - já lá voltamos. Aqueça o açúcar e a água em lume médio. Assim que chegar aos 115º comece a bater a segunda porção de claras. Quando o açúcar chegar aos 118º, sem parar de bater as natas, deite-lhes o açúcar em fio, batendo sempre durante mais um minuto. Reduza a batedeira para velocidade média, bata mais dois minutos e páre. Acabou de fazer um merengue italiano. Deixe arrefecer até aos 50º e deite sobre a mistura de açúcar, amêndoa em pó e claras com corante.

Mexa bem com uma espátula de borracha, do centro para os lados da taça, rodando-a enquanto mistura. Misture até obter uma massa brilhante, que escorra da espátula. Ao escorrer a massa para a taça, a massa deverá voltar à sua forma em poucos segundos, caso contrário terá de mexer mais um pouco. Cuidado para não passar o ponto (eu sei que é complicado saber qual o ponto certo - é um dos pontos difíceis dos macarons... com tentativa e erro chega-se lá, a sério!).

Com a ajuda de um saco de pasteleiro faça montinhos de massa de cerca de 3,5cm de diâmetro com cerca de 2cm de espaço entre eles, sobre um tabuleiro forrado a papel de forno. No final bata com o tabuleiro sobre a bancada para libertar eventuais bolhas de ar. Deixe repousar cerca de 30 minutos.

Aqueça o forno a 180º em modo ventilado para obter uma temperatura o mais uniforme possível. Leve os macarons ao forno. Passados oito minutos abra e feche a porta para libertar humidade. Repita dois minutos depois e retire do forno mais dois minutos depois (tempo total = doze minutos). Deixe os macarons sobre o papel, mas retire do tabuleiro ou continuarão a cozer. Assim que arrefecerem retire-os do papel com cuidado.

Entretanto retire o recheio e as framboesas do frigorífico. Coloque o recheio num saco de pasteleiro e deite um pouco sobre um dos macarons. Com uma colher pequena, ponha um pouco de framboesa em calda sobre o recheio (cuidado com a calda - não molhe demasiado o macaron!). Cubra com outro macaron. Faça o mesmo com os restantes, leve ao frigorífico até ao dia seguinte - e estão prontos!

29 novembro 2012

Confesso que fazer pastéis de nata em casa era uma ambição antiga, mas só há pouco tempo é que experimentei fazer. Hoje foi a terceira tentativa e acho que estão no ponto certo. Das duas vezes anteriores havia sempre algo a correr mal - ou a massa estava muito grossa, ou o recheio cozia demais, ou ambos... -, mas desta vez ficaram óptimos.

Não inventei com a receita - fui buscá-la à "Bíblia", o "Cozinha Tradicional Portuguesa" de Maria de Lourdes Modesto, com uma única diferença: não fiz a minha própria massa folhada. Por dois motivos: não me apeteceu (quem confessa não merece castigo!) e porque se a fizesse teria muito maior consciência de como é feita e da quantidade de manteiga que leva, e acho que me sentiria muito mais culpado em cada pastel que comesse. Assim sendo, olhos que não vêem...


Ingredientes (cerca de 12 pastéis):
500g de massa folhada
5dl de natas
8 gemas
2 colheres de chá de farinha
200g de açúcar
casca de 1 limão


Preparação:

Há duas formas de preparar a massa dos pastéis. A primeira, e mais simples, é estender a massa até ficar bem fina e cortar círculos de massa um pouco maiores do que as formas (uso uma chávena larga para ajudar). Colocam-se os círculos nas formas e ajusta-se com os dedos até forrarem bem a forma. A massa não deve ficar muito grossa.

A segunda forma é esticar bem a massa e enrolá-la sobre ela própria fazendo um rolo comprido. De seguida, cortam-se pedaços de rolo com 2 a 3 cm, colocam-se nas formas ao alto e , fazendo pressão com os dedos, esmagam-se até forrar as formas, mais uma vez garantindo que a massa não fica demasiado grossa (mas cuidado para não a rasgar!)

O segundo método parece-me melhor para ter uma massa mais "folhada" e estaladiça, mas conseguem-se bons resultados com ambos.

De seguida, o creme: Deite as natas para um tacho e junte-lhe as gemas. Mexa um pouco. Com a ajuda de um passador, peneire o açúcar e a farinha sobre a mistura e mexa novamente. Junte finalmente a casca do limão. Leve a lume médio e vá mexendo sempre até começar a engrossar ligeiramente. Cuidado para não cozer demais, senão o creme começará a engrossar demasiado e a passar do ponto certo!

Deite o creme nas formas de massa e leve a forno muito quente. A Maria de Lourdes Modesto indica um intervalo de 250º a 300º. Eu usei o máximo do meu forno, 275º, e resultou bem. Vá controlando a cozedura a olho, não demora mais que 10 a 15 minutos. A nata vai "inchar" - não se preocupe, ela volta ao lugar depois de sair do forno. Quando a nata começar a ficar tostada no topo desligue o forno e retire as formas. Deixe arrefecer e desenforme com a ajuda de uma faca.

Se gostar, polvilhe com canela e açúcar em pó - está feito!




14 outubro 2012


Esta é capaz de ser a minha receita que mais tempo demorou a concretizar. Tive a ideia o ano passado, na época dos dióspiros. Pensei a receita toda, incluindo o empratamento, mas quando finalmente me decidi a experimentá-la já não conseguia encontrar dióspiros em lado nenhum. Agora, um ano depois, não podia deixar passar a oportunidade - e julgo que valeu a pena.

Os dióspiros são suficientemente doces para complementarem bem a panna cotta (eu gosto de fazê-la pouco doce, quase neutra, para que o sabor venha todo do molho que se junta por cima). E depois há a conjugação com a canela e as nozes, que complementam na perfeição o sabor desta fantástica fruta de Outono. Experimentem - é uma sobremesa extremamente fácil e rápida de fazer e fica muito saborosa.


Ingredientes:

500ml de natas
2 colheres de sopa de açúcar
3 folhas de gelatina
2 ou 3 dióspiros (depende do tamanho)
canela
nozes


Preparação:
Coloque as folhas de gelatina de molho em água fria. Deite as natas e o açúcar num tacho e leve a lume brando sem deixar ferver. Enquanto as aquece, escorra bem as folhas de gelatina e junte-as às natas, mexendo com uma colher de pau até se desfazerem. Deite um pouco de canela e misture também (não muito - a ideia não é dar sabor, mas apenas dar alguma cor à panna cotta - a nata vai ficar pintalgada de castanho). Quando as natas estiverem quase a ferver, retire do lume. Deite em formas individuais (eu usei umas formas de alumínio que se compram em supermercado, porque torna fácil desenformar a panna cotta para um prato na altura de servir, mas pode optar por outras soluções). Leve ao frigorífico algumas horas (se possível de um dia para o outro).

Para a cobertura, deite a polpa dos dióspiros para um copo triturador e... triture! Passe num passador para um recipiente. Pique também as nozes e reserve.

Na altura de servir, cubra a panna cotta com a polpa de dióspiro, polvilhe com canela e deite algumas nozes trituradas por cima. E já está!!
 
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