01 maio 2011

Sou pouco versado em receitas de Verão, mas faço kms para ir comer um bom peixe grelhado e uma salada bem feita. Adora que o Verão ameaçava começar decidi fazer algo que não fazia há anos, mas que é simples e associo sempre a Verão – guacamole. De origem mexicana, o guacamole tem inúmeras variantes, e a que faço é muito simples e fresca, e serve de acompanhamento a pratos como chili con carne, ou carnes grelhadas no carvão.

Para 6 pessoas:
2 peras abacate muito maduras
3 tomates pequenos (250 a 300 gramas)
3 a 4 colheres de sopa de ervas aromáticas picadas (salsa e coentros, e uma folha de hortelã)
3 colheres de sopa de pimentão cortado em brunoise
Molho piri-piri q.b.
Sumo de 1 lima
1 embalagem de tiras de milho
Sal e pimenta q.b.

Preparação:
Corte os abacates ao meio e retire o caroço. Remova a polpa com uma colher, sem danificar as cascas, que aproveitará para a apresentação. Esmague a polpa com uma mão, entre os dedos, até ficar com uma pasta suave mas com muitos grumos. Corte os tomates em brunoise (cubinhos pequenos) removendo as sementes. Junte os ingredientes a pouco e pouco à polpa de guacamole, afinando os sabores.
Sirva dentro das cascas de guacamole, e reserve alguns ingredientes como pimentão, ervas e fatias de lima para decorar o guacamole com cores vivas.

01 abril 2011

Para este ano, o dia 1 de Abril vê aqui um prato de cozinha asiática. Se não encontrar centopeias grandes, procure umas baratas, ou até mesmo grilos ou gafanhotos. No fundo, depois de grelhado com molho, sabe tudo ao mesmo. Se não encontrar insectos vivos - é sempre melhor - vá a uma loja da especialidade, e para quem vive na zona de Lisboa, isso significa ir ao Martim Moniz. Bom apetite (vai precisar...)!

Para 6 pessoas:

12 centopeias gigantes
2 colheres de sopa de molho hoisin (à venda no Martim Moniz)
2 colheres de sopa de molho de ostra (à venda no Martim Moniz)
2 colheres de sopa de vinho de arroz chinês (use um porto seco, se não encontrar)
4 colheres de sopa de molho de soja
2 colheres de chá de óleo de sésamo
2 dentes de alho, finamente picados
Pimenta q.b.

Preparação:

Misture todos os ingredientes excepto as centopeias e deixe repousar no frio por uma hora para fazer o tempero de grelhados chinês. Faça umas boas brasas de carvão. Lave as centopeias e insira o espeto pela boca. Regue generosamente com o tempero para grelhados e leve a grelhar em brasas bem quentes, virando uma vez - vai querer a carapaça bem passada e estaladiça, mas o interior da centopeia deve ficar húmido.

Sirva com arroz branco.

26 março 2011


Esta foi uma de várias receitas que aprendi num curso de wok no Restaurante Umai, em Lisboa, que recomendo (o curso e o restaurante!!). É uma entrada muito simples de fazer, mas bastante saborosa e ideal para começar uma refeição em tons asiáticos. A massa de crepes e o molho sweet chilli encontram-se facilmente em supermercados asiáticos.


Ingredientes:
Camarões
Massa de crepe (um quadrado de cerca de 10x10cm por camarão - pode ser ajustado dependendo do tamanho do camarão)
hortelã
molho sweet chilli
água
farinha
óleo para fritar

Preparação:
Comece por preparar os camarões, tirando-lhes a cabeça, a tripa e descascando-os deixando apenas a cauda.
Numa pequena tigela, junte farinha e água até engrossar - esta mistura servirá de "cola" para fechar os crepes.
Para preparar os crepes, pegue num quadrado de massa e coloque um dos camarões sobre um dos vértices da folha, com uma folha pequena de hortelã de cada lado. Com o dedo espalhe um pouco da mistura de água e farinha sobre as pontas da massa. Puxe um dos vértices laterais para o lado, sobre o camarão. Depois puxe o vértice superior para baixo, também sobre o camarão, e finalmente enrole sobre o vértice restante. Use a água com farinha sempre que necessário para fechar melhor.
Quando tiver todos os crepes preparados, leve um wok ao lume com um pouco de óleo no fundo. Deixe o óleo aquecer e frite nele os camarões. Escorra-os na rede do wok, coloque sobre papel de cozinha para absorver o excesso e sirva, acompanhado de uma tigela com molho sweet chilli.

08 março 2011


Desde que uns amigos me ofereceram um saco de fogaças de presente que ando com ideia de experimentar fazê-las em casa. As fogaças, típicas de Alcochete, são um bolo simples, mas com um sabor óptimo a canela e limão, bem cozidas por fora e encruadas por dentro.
Pesquisando por receitas na Internet, encontram-se variadas variações da mesma receita, apenas com uma ou outra alteração ocasional - praticamente todas têm as mesmas proporções: 1 parte de farinha, 0,70 de açúcar e 0,25 de manteiga. Sendo assim, peguei nessas proporções e experimentei, com bom resultado. Aqui fica a receita.


Ingredientes:
500g de farinha sem fermento
350g de açúcar amarelo
125g de manteiga sem sal
2 colheres de sopa de canela
raspa de 1 limão
1 gema de ovo
água tépida


Preparação:
Peneire para uma tigela grande a farinha e o açúcar, misturando-os bem. Junte canela (coloquei a olho, aproximadamente duas colheres de sopa), a raspa de limão e a manteiga amolecida. Vá juntando água a pouco e pouco e mexendo bem, até a massa começar a ligar. Amasse com as mãos, como se fizesse massa de pão. Se estiver demasiado húmida junte farinha até ficar no ponto.

Faça bolinhas pequenas de massa e coloque num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal. Pincele com a gema e leve ao forno bem quente - a ideia é que cozam bem por fora mas se mantenham pouco cozidas por dentro. Tenha em atenção que as fogaças ainda cozem um pouco depois de sairem do forno.

02 março 2011

Receita tradicional alentejana, simples e saborosa, do livro de António Nobre, Chef dos restaurantes dos hotéis Mar d’ar em Évora. Eu tinha pouco pão alentejano, que desapareceu vorazmente em torradas com manteiga e em fatias cobertas de marmelada e queijo, pelo que para esta receita usei tanto o miolo como a côdea. Ficou igualmente saboroso, mesmo que tenha tido de usar a varinha mágica para triturar melhor o pão – para pequenos males, pequenos remédios.

Preparação:

Ensope o pão no leite a ferver. Numa taça bata as gemas e o açúcar e junte canela e raspa de limão. Adicione tudo ao leite fora do lume, mexendo bem com uma colher de pau. Deixe arrefecer totalmente, ficando uma papa grossa. Envolva o preparado com as claras batidas em castelo, com cuidado para não perder muito ar. Coloque em pequenas taças individuais, e sirva frio polvilhado de canela.

Ingredientes para 8 pessoas:

5 dl de leite
200 g de miolo de pão alentejano
150 g de açúcar
4 gemas de ovos
Raspa de limão q.b.
4 claras
Canela em pó q.b.

14 fevereiro 2011

Saudades de escrever no blog! Primeiro foi a falta de inspiração, depois a máquina fotográfica em off, e finalmente o trabalho diário que foram cortando a presença regular no blog. A ver se é desta que consigo retomar em força, e começo com uma receita cuja foto tirei ainda com o telemóvel e à noite – não está um primor mas não destoa assim tanto que não possa ser publicada. Ora sobre os lombinhos propriamente ditos – é a minha parte preferida do porco – suculentos, saborosos, são praticamente “carne de vaca” e até podem ficar levemente rosados por dentro. As migas de tomate fazem um excelente acompanhamento. Ando cansado de batatas, massas e arroz, e estas migas souberam-me muito bem, e a compor o prato, os canónigos, folhas de sabor suave mas que são boas para variar. Se não encontrar, use agrião ou rúcula.

Para 6 pessoas

Ingredientes:

Para os lombinhos:
2 lombinhos de porco
Azeite q.b.
Sal e pimenta q.b.

Para as migas de tomates:
200 g de pão alentejano
200 g de tomate inteiro em lata
1 cebola média
1 dente de alho
1 folha de louro
2 conchas de caldo de legumes
Azeite q.b.
Sal e pimenta q.b.

Para a salada de canónigos:
200 g de canónigos (ou agrião, ou rúcula)
1 dente de alho, picado muito finamente
Azeite de muito baixa acidez (0,2%)
1 golpe de vinagre balsâmico
Sumo de meio limão
Sal e pimenta q.b.


Prepare primeiro as migas, que a carne é rápida. Aqueça algum azeite no fundo de uma panela com a cebola e o alho picados.  Junte o tomate, esmagando com a colher de pau, e adicione a folha de louro. Deixe fervilhar levemente por uns minutos. Desfaça o pão alentejano e junte ao tomate. Em simultâneo, estava eu a preparar uma sopa, pelo que aproveitei o caldo de legumes que estava a fazer para deitar algum líquido deixando ensopadas as migas. Temperado com sal e pimenta, foi altura de afinar as migas, com mais algum pão, ou azeite, ou caldo. Reservar.

Levar os lombinhos ao lume numa frigideira quente com azeite e já temperados de sal e pimenta. Deixe-os bem louros de todos os lados.

Para a salada, tempere os canónigos com os ingredientes referidos.

Sirva os lombinhos com a salada de canónigos e com as migas, em fomato de quenele (como para os pastéis de bacalhau, mas sem fritar, claro!).

05 fevereiro 2011


Adaptei esta receita do "The Photo Cookbook - Quick & Easy 4.0", uma publicação electrónica muito interessante, com oitenta receitas diversas e bem apresentadas. Esta chamou-me a atenção pelo uso do molho hoisin, até porque tinha um frasco em casa a precisar de ser usado. O hoisin encontra-se em supermercados asiáticos, mas já se vai vendo uma vez por outra em hipermercados, embora seja preciso ter alguma sorte...


Ingredientes (4 pessoas):
500g de lombinho de porco
2 colheres de sopa de mel
1 colher de sopa de vinagre de arroz
2 colheres de sopa de açúcar amarelo
1 colher de sopa de molho hoisin
1 colher de sopa de molho de soja
1 colher de sopa de farinha maisena (amido de milho)
175ml de caldo de galinha
pimenta preta em grão


Preparação:
Faça uma marinada misturando o mel, o vinagre, o açúcar, os molhos hoisin e de soja e a pimenta. Cubra o lombinho com a marinada e leve ao frigorífico de um dia para o outro. No dia seguinte, escorra a carne (reserve a marinada!) e coloque-a numa grelha sobre um tabuleiro de forno com cerca de 2,5 cm de água a ferver. Leve a forno a 200º por cerca de 20 minutos. Após esse tempo, vire a carne, pincelando-a com a marinada e cozinhe por igual tempo, até ficar bem cozinhada.

Agora o molho: num tachinho misture bem a marinada com o caldo de galinha e a maisena. Leve ao lume, deixe ferver e fervilhar durante cerca de minutos, mexendo sempre. O molho engrossará - deite sobre a carne e sirva acompanhando com vegetais salteados num wok.

24 dezembro 2010

Há duas novas etiquetas no blog - a partir de hoje é mais fácil identificar as receitas apropriadas a vegetarianos em sentido estrito (vegans) e as que se adequam a ovo-lacto vegetarianos.

16 dezembro 2010


Já tinha esta receita em lista de espera há algum tempo. Encontrei-a no livro "The Accidental Vegetarian", uma muito interessante colecção de receitas vegetarianas de Simon Rimmer. O próprio autor indica que se só pudermos fazer uma das receitas do livro, esta deverá ser a escolhida - e depois de a fazer percebe-se porquê. O recheio do strudel é óptimo, e conjugado com o molho (que só por si faria valer a pena o prato - é a junção perfeita do ácido da cebola, do picante do Porto, do encorpado do vinho, do sabor dos cogumelos...) dá um prato incrivelmente saboroso e decididamente capaz de convencer quem ainda acha que a comida vegetariana não tem piada...

Nota: Reduzindo as quantidades e o tamanho dos strudels, facilmente se pode usar esta receita como entrada.


Ingredientes (2 pessoas):

175g de cogumelos brancos fatiados
3 dentes de alho
100g de alho francês
125g de queijo ricotta
125g de queijo-creme (de preferência com algum teor de gordura, sem ser light)
2 tomates
12 rectângulos de massa filo com cerca de 23x15 cm
0,75dl de vinho tinto
1 folha de louro
1 cebola grande
vinho do Porto
100ml de caldo de legumes
manteiga
azeite
sal
pimenta preta


Preparação:
Prepare os ingredientes: corte os cogumelos em pedaços, esmague os dentes de alho, lave bem e corte em pedaços o alho-francês, pele e corte em cubos os tomates e corte a cebola em rodelas finas.

Comece pelo recheio dos strudels: salteie durante alguns minutos 100g de cogumelos num fio de azeite, com 1 dente de alho esmagado, sal e pimenta. Retire os cogumelos e coloque-os em papel absorvente para retirar o excesso de azeite e aproveite a mesma frigideira para saltear o alho-francês por mais alguns minutos. De seguida, misture bem os dois queijos num recipiente até obter uma mistura suave. Tempere com sal e pimenta, e junte os cogumelos, o alho-francês e os tomates. Leve ao frigorífico durante cerca de duas horas.

Após esse tempo, aqueça o forno a 200º. Coloque quatro folhas de massa filo numa superfície enfarinhada. Pincele-as com manteiga previamente derretida e coloque mais quatro folhas sobre as primeiras. Pincele também estas e sobreponha-lhes as últimas quatro folhas. Destas, pincele apenas os bordos. Coloque uma porção de recheio ao fundo de cada uma das folhas; dobre as folhas sobre o recheio, fechando o strudel; feche bem os lados, para o recheio não sair, e termine de enrolar, obtendo uma espécie de pastel. Pincele com manteiga. Coloque os quatro strudels num tabuleiro e leve ao forno por cerca de 25 minutos ou até estarem dourados.

Para fazer o molho, leve o vinho com a folha de louro a lume médio até reduzir para metade do volume. Reserve. Numa frigideira aqueça um fio de azeite e deite as cebolas, os restantes cogumelos e os restantes dentes de alho, temperando com sal e pimenta. Cozinhe até a cebola amolecer. Deite um golo grande de vinho do Porto e espere até que reduza para metade, juntando nessa altura o vinho tinto. Assim que começar a ferver deite o caldo de legumes. Espere que ferva novamente e deixe cozinhar em lume brando/médio durante cerca de um quarto de hora. No final, deite uma noz de manteiga e deixe derreter, misturando bem, para que fique brilhante.

05 dezembro 2010


Isto pode parecer estranho, mas nunca até hoje eu tinha tentado fazer uma mousse de chocolate. Para ser sincero, não é das minhas sobremesas preferidas. Gosto de uma boa mousse, mas raramente é a minha primeira escolha numa lista de sobremesas, a menos que esteja num daqueles dias em que me apetece mesmo aumentar o índice de cacau no sangue. Hoje era um desses dias. Para me estrear, resolvi aproveitar a dica que a Inês do oh-so-quiet (um blog recomendado!) me tinha dado em tempos, e segui a receita da Mousse de Chocolate à Americana da verdadeira bíblia que é o Livro de Pantagruel.

A receita não é complicada, mas exige muito tempo de batedeira na mão. Só posso garantir que vale a pena. É das mais cremosas e suaves mousses que já comi, e fica definitivamente na lista de sobremesas a repetir. A única alteração que fiz à receita original foi reduzir 20g de açúcar (por norma reduzo sempre o açúcar nas receitas de doces - e nesta não me parece que tenha feito grande falta).


Ingredientes:
100g de chocolate preto
80g de açúcar
200g de manteiga sem sal
4 ovos
1,5 colheres de sopa de leite

Preparação:
Parta o chocolate em pedaços pequenos, de preferência com uma faca de serrilha (uma faca de cortar pão é o ideal). Junte-lhes a colher e meia de leite e derreta em banho-maria. Junte num recipiente à manteiga (convém deixá-la amolecer previamente) e bata com uma batedeira eléctrica durante cerca de 7 a 8 minutos. Passado esse tempo, junte o açúcar e bata novamente por mais 7 a 8 minutos.

De seguida, parta um ovo, separe a gema da clara, e junte a gema ao preparado de chocolate. Bata com a batedeira durante cerca de 3 a 4 minutos. Repita com os restantes ovos, juntando as gemas uma a uma (e batendo sempre após juntar cada gema) e guardando as claras à parte.

Finalmente, bata as claras em castelo bem firme. Envolva cuidadosamente (sem mexer!) no preparado de chocolate. Deite no recipiente em que vai servir e leve ao frigorífico para esfriar.

Se preferir, decore com raspas de chocolate.
 
© 2012. Design by Main-Blogger - Blogger Template and Blogging Stuff