23 dezembro 2008


Tal como prometido, aqui ficam mais dois tipos de trufas. A receita é basicamente a mesma das anteriores, mas com ingredientes diferentes acrescentados ao chocolate.


Ingredientes (cerca de 12 trufas cada):

Para as trufas de maracujá:
100g de chocolate de culinária
50ml de natas
100g de chocolate de cobertura
4 maracujás
1 colher de chá de açúcar

Para as trufas de avelã:
100g de chocolate preto de culinária
50ml de natas
100g de chocolate de cobertura
avelãs inteiras


Preparação:
Para as Trufas de Maracujá, comece por abrir os maracujás e deitar a polpa num tachinho, juntamente com a colher de açúcar. Ferva em lume brando durante uns 3/4 minutos. Retire e passe num passador por forma a ficar apenas com polpa, sem sementes. Reserve.

Para as trufas propriamente ditas, tal como na receita anterior, parta o chocolate preto em pedaços e coloque-o numa tigela ou outro tipo de recipiente. Leve uma panela com água ao lume e coloque o recipiente com o chocolate sobre a panela, de forma a não tocar na água. O vapor da água a ferver aquecerá o recipiente e derreterá lentamente o chocolate. Assim que a água estiver a ferver, desligue o lume e vá mexendo o chocolate com a ajuda de uma espátula de plástico. Se esfriar demais volte a aquecer a água.

Entretanto, leve as natas a aquecer, mas sem ferver. Quando o chocolate já estiver quase todo derretido, deite-lhe as natas em cima - vai parecer que estragou tudo e que ficou com uma mistura estranha, mas continue a mexer com a espátula e pouco a pouco as natas vão misturar com o chocolate e ficar no ponto certo. Se estiver a fazer as Trufas de Maracujá, junte nesta altura a polpa de maracujá e continue a mexer bem.

Retire do lume, deixe arrefecer, e leve ao frigorífico umas boas horas (pode deixar de um dia para o outro).

Agora é altura de moldar as trufas. No caso das Trufas de Maracujá, retire um pedaço de chocolate do recipiente com a ajuda de uma colher e molde em bola com as mãos. Coloque sobre uma folha de papel de forno. Repita até terminar o chocolate. Para as Trufas de Avelã, faça o mesmo, mas enrolando o chocolate em torno de uma avelã inteira. Entretanto, derreta num recipiente o chocolate de cobertura, usando a mesma técnica do vapor de água. Assim que o chocolate estiver totalmente derretido, retire do lume (se o aquecer demasiado arrisca-se a que o chocolate cozinhe e fique inutilizável). Com a ajuda de uma pequena pinça deite as trufas no chocolate derretido, uma a uma, cobrindo-as bem. Volte a deitá-las no papel de forno e espere até o chocolate de cobertura secar (coloque no frigorífico para ajudar). No caso das Trufas de Avelã, antes de as colocar no frigorífico, enfeite-as: triture algumas avelãs na picadora e passe as trufas, uma a uma, pelo picado. As avelãs ficarão coladas ao chocolate, dando um belo - e saboroso! - efeito.

22 dezembro 2008


À terceira é de vez: as primeiras duas vezes que tentei fazer trufas correu sempre alguma coisa mal - ou o recheio não ficava em condições, ou a cobertura não saía bem... Mas à terceira apanhei-lhe o jeito. E na verdade nem é difícil, basta usar os ingredientes certos e ter algum cuidado com a temperatura do chocolate. Fica aqui a receita de dois tipos diferente de trufas: as Trufas Gabriela (chamei-lhes assim porque levam cravo e canela...) e as Trufas Irish Coffee (que têm café e whisky). Em breve deixarei a receita para mais dois tipos diferentes.


Ingredientes (cerca de 12 trufas cada):

Para as Trufas Gabriela:
100g de chocolate preto de culinária
50ml de natas
100g de chocolate de cobertura
2 cravinhos
cacau em pó
canela em pó

Para as Trufas Irish Coffee:
100g de chocolate preto de culinária
50ml de natas
100g de chocolate de cobertura
50g de chocolate branco
café em pó
whisky


Preparação:
Ambas as trufas têm uma confecção semelhante, mas devem ser feitas em separado, porque é necessário juntar ingredientes diferentes. Para preparar qualquer dos dois tipos de trufas, comece por partir o chocolate preto em pedaços pequenos e coloque-o numa tigela ou outro tipo de recipiente. Se estiver a fazer as Trufas Gabriela, junte os dois cravinhos ao chocolate, para que este ganhe sabor ao derreter. De seguida coloque uma panela com água ao lume e o recipiente com o chocolate sobre a panela, mas de forma a que não toque na água. A ideia é que o vapor da água a ferver aqueça o recipiente e derreta lentamente o chocolate. Assim que a água estiver a ferver, desligue o lume e vá mexendo o chocolate com a ajuda de uma espátula de plástico. Se esfriar demais volte a aquecer a água.

Entretanto, leve as natas a aquecer, mas sem ferver. Quando o chocolate já estiver quase todo derretido, deite-lhe as natas em cima - vai parecer que estragou tudo e que ficou com uma mistura estranha, mas continue a mexer com a espátula e pouco a pouco as natas vão misturar com o chocolate e ficar no ponto certo. Se estiver a fazer as Trufas Irish Coffee, junte nesta altura o café em pó e um pouco de whisky (não demasiado, para não quebrar o chocolate).

Retire do lume e deixe arrefecer (se estiver a fazer as Trufas Gabriela, procure os cravinhos no meio do chocolate derretido e retire-os). Leve ao frigorífico umas boas horas (pode deixar de um dia para o outro).

Agora é altura de moldar as trufas. Com a ajuda de uma colher, retire um pedaço de chocolate do recipiente e molde em bola com as mãos. Coloque sobre uma folha de papel de forno. Repita até terminar o chocolate. Entretanto, derreta num recipiente o chocolate de cobertura, usando a mesma técnica do vapor de água. Assim que o chocolate estiver totalmente derretido, retire do lume (se o aquecer demasiado arrisca-se a que o chocolate cozinhe e fique inutilizável). Com a ajuda de uma pequena pinça deite as trufas no chocolate derretido, uma a uma, cobrindo-as bem. Volte a deitá-las no papel de forno e espere até o chocolate de cobertura secar (coloque no frigorífico para ajudar).

Finalmente, os enfeites finais: para as Trufas Gabriela misture numa taça o cacau e a canela em pó e passe as trufas por esta mistura. Para as Trufas Irish Coffee, derreta o chocolate branco e deite-o num saco de pasteleiro ou, caso não o tenha, num saco de plástico pequeno, fazendo um pequeno corte na ponta com uma tesoura. Faça riscos de chocolate branco sobre as trufas, a seu gosto.

14 dezembro 2008

Comprei mais um livro do mestre. Vitor Sobral publicou agora o “Entre tachos e tabuleiros” e já está entre os meus livros de culinária favoritos. Comprem, que vale a pena. Entre muitas coisas que terei de experimentar, comecei por este bolo porque fazer um bolo é sempre uma animação com as crianças cá em casa. Avancei um pouco a medo, medindo tudo muito bem, porque o equilíbrio de ingredientes é atípico. Quando provei, ainda quente (maldita gula…) pensei que tinha abusado nas especiarias, mas depois de frio ficou óptimo. Demasiado guloso, até.


(para 10 pessoas)

Ingredientes:
600 g de açúcar
2,5 dl de azeite extra virgem
4 ovos
1 colher de chá de canela em pó
1 colher de café de cravinho em pó
1 colher de café de café de cardamomo
400 g de farinha
1 colher de café de fermento seco
500 g de cenoura ralada
200 g de noz picada

Preparação:

Bata o azeite com o açúcar. Incorpore os ovos e as especiarias. Junte a farinha peneirada com o fermento. Deite toda a cenoura e as nozes. Leve ao forno por hora e meia, a 160ºC, em forma rectangular untada com manteiga e polvilhada com farinha.


Eu pisei o cravinho no almofariz, e depois as sementes de cardamomo, deitando fora as peles. Para medir as colheres de café, usei doses rasas com receio de ter sabores demasiado fortes, mas vale a pena experimentar com colheres de café cheias. No meu forno foi menos que hora e meia – vá espetando um palito. O bolo é subtilmente untuoso devido ao azeite, mas deixe-o ficar mais algum tempo no forno se preferir um bolo mais seco e estaladiço.

12 dezembro 2008


Para esta sobremesa fiz uma espécie de 2 em 1: juntei a receita de panna cotta à receita de molho de frutos silvestres. O resultado é que foi ligeiramente diferente do esperado: as natas cozidas misturaram-se com o molho de frutos e, em vez de ter uma panna cotta com fruta por cima, obtive algo que já não é bem uma panna cotta clássica, com fruta por dentro, por fora, por todos os lados... De certa forma, é mais uma prova da versatilidade da panna cotta, e que vale a pena experimentar, por ser diferente do habitual.

Ingredientes (4 pessoas):
Para a panna cotta:
1/2 litro de natas frescas
3 folhas de gelatina
2 colheres de açúcar
limoncello (licor italiano de limão - pode usar rum como alternativa)
extracto de baunilha (opcional)
sal
raspa de limão

Para o molho de frutos silvestres:
Frutos silvestres congelados (ou naturais, mas é mais fácil encontrá-los congelados)
2 paus de canela
1 colher de chá de açúcar amarelo
vinho do Porto
folhas de hortelã


Preparação:
Comece por colocar as folhas de gelatina de molho numa taça com água fria. De seguida, prepare o molho de frutos silvestres: deite uma boa quantidade de frutos num pequeno tacho. Junte um pouquinho de vinho do Porto, os paus de canela, a hortelã e o açúcar amarelo (na verdade, o açúcar é opcional; eu costumo pôr, mas sou um guloso de primeira...). Leve a lume médio, mexendo de vez em quando - à medida que vão fervendo, alguns dos frutos desfazem-se e ajudam a engrossar o molho. Assim que estiver no ponto, retire do lume e deite na forma na qual vai fazer a panna cotta (eu costumo usar uma forma de bolo inglês).

De seguida, deite noutro tacho as natas e junte as duas colheres de açúcar. Mexa, junte um pouquito de sal e a raspa do limão (se desejar, pode deitar também umas gotas de extracto de baunilha). Leve a lume brando e deixe aquecer, mexendo de vez em quando, mas sem ferver. Nesta altura, retire as folhas de gelatina da água, escorra-as bem e junte-as às natas. Deite também um pouco (meio cálice, talvez) de limoncello (ou rum, em alternativa). Mexa mais 1 minuto ou 2 e está pronto: deite na forma, sobre os frutos silvestres, o que vai fazer com que as natas e o molho se misturem completamente (o que não seria aceitável numa panna cotta normal, mas nesta versão é o efeito desejado).

Deixe arrefecer e coloque no frigorífico umas boas horas (idealmente de um dia para o outro), até solidificar e ficar no ponto certo. Sirva bem fresca.

10 dezembro 2008


Com o Natal à porta e à beira de fazermos dois anos de blog, resolvemos preparar um presente para celebrar a aventura que tem sido construir este espaço.

Assim, após todo o trabalho de reunião das receitas, revisão de textos, edição das imagens, desenho das páginas, escolha de capa e preparação final, temos o orgulho de apresentar o livro que reúne os primeiros dois anos de receitas do Cozinha com Tomates.


É um belo livro de 190 páginas que nos dá uma grande satisfação folhear. Tal como no blog, todas as receitas estão ilustradas e organizadas por tipo de prato - e tem a grande vantagem de ser muito mais prático de levar para a cozinha do que um computador portátil, quando é necessário confirmar qualquer coisa numa receita...


O livro foi feito fundamentalmente para nós, mas está acessível a quem o quiser, aqui. No site é possível prever as primeiras 15 páginas e encomendá-lo em três formatos: capa mole, capa dura com sobrecapa (dust jacket) ou capa dura com impressão na própria capa (ImageWrap, que é o que surge nestas fotos).

Esta era a razão de andarmos sem receitas durante algum tempo: primeiro estivemos a preparar o livro e depois ansiosamente à espera que chegasse para podermos partilhar a novidade convosco. Daqui para a frente, seguem as receitas como habitualmente. Obrigado!
 
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