Cá por casa nem todos apreciam pato. Para dizer a verdade, sou eu o apreciador. Lembrei-me então de dar ao pato um sabor diferente, algo que ajudasse a vencer o pouco interesse da família e ao mesmo tempo deixar-me a mim deliciar-me.
Tendo um pato inteiro em mãos, decidi inventar. Não é a famosa receita de Pato com molho de laranja, mas não deixa de ser saborosa. Queria o sabor oriental, e fui buscar isso à lima, e o resultado surpreendeu-me. Exótico.
Serve 6 pessoas
Ingredientes:
1 pato inteiro (2.5 kg)
1 laranja grande
1 lima
3 dentes de alho, finamente picados
3 colheres de sopa de azeite
Sal e pimenta q.b.
2 cenouras
1 cebola
100 ml de água
Preparação:
Corte uma parte da carne do rabo do pato e reserve para aromatizar um arroz de acompanhamento. Remova os zestos (a casca sem a parte branca) da laranja e da lima, e corte em juliana fina. Misture os zestos dos citrinos e algum do seu sumo com os alhos, sal, pimenta moída e azeite. Com a ajuda de uma faca, levante um pouco a pele do pato e insira os zestos em juliana entre a carne a pele do pato.
Num tabuleiro médio, junte as cenouras e a cebola, em rodelas, e adicione a água. Tempere o pato com sal e pimenta. Leve ao forno na parte baixa, a 240 ºC, por 20 a 25 minutos (até dourar muito bem). A alta temperatura ajuda a derreter a gordura do pato. Não se importe se a pele queimar ligeiramente – não a irá comer. Remova do forno, vire o pato com o peito para cima, tempere com sal e pimenta, e volte a colocar no forno, por mais 15 a 20 minutos, ou até ganhar um dourado escuro. Sirva com arroz, com algum do molho do tabuleiro – pouco, que é um molho muito gorduroso.
A lima funcionou muito bem e a família aprovou. Não coloquei zestos nas coxas – fiquei assim com alguma carne com o sabor mais típico. De qualquer forma, prometo para breve o pato com laranja, mas sem a lima, porque a receita “clássica” de pato com laranja é muito diferente desta.
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3 comentários
gosto imenso de pato e com um aroma exótico deve ser irresistível (o meu prato favorito dos restaurantes chineses é o pato à pequim)!
mas a verdade é que nunca cozinhei pato...
Variante bem engraçada! Só não percebi essa de não comer a pele, que eu adoro bem tostadinha...
Ahhhh a pele. Eu tenho acreditado em quem me diz que na pele dos animais de aviário estão quimicos e mais quimicos. Não sei se é verdade, e eu normalmente sou um grande descrente destas coisas que me soam a mitos urbanos, mas nisto das peles tostadinhas de frango ou pato - que adoro, tão estaladiças e saborosas que são - tenho-me retraído...
Se calhar faço mal. Não devo morrer disto, e perco uma parte tão saborosa do pato...
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